No momento onde muitos agora... dormem... viajo por minhas palavras, onde não preciso abrir a boca, ou sussurrar algo para que alguem escute... pois escuto dentro de mim, as palavras vindo a me dizer aquilo que minha boca tanto deseja falar...
Mas nesse silencio penso, se é necessário gritar... ou ao menos falar baixinho, ao pé do ouvido... ouvido de quem? Se a minha cama ainda se encontra vazia, uma coberta sem divisão... aquele meu mesmo perfume sobre o travesseiro, um travesseiro no qual me repouso a cabeça e um outro no qual eu abraço, ou coloco dentre as pernas.
Ah se eu pudesse lhe tirar de dentro de mim, preencheria esse espaço da minha cama vazia, o seu perfume se misturava junto ao meu, colocaria tuas pernas intrelaçadas entre as minhas, acaricia o teu rosto, lhe dava um beijo e lhe desejaria um bom descanço, e mesmo na escuridão da noite, ficaria acordado ti observando, pois ao teu lado meus olhos brilham tanto, que reconheço a tua face mesmo no mais profundo breu... Reconheço... você é a Luz das minhas noites e o Sol das minhas manhãs.
(por FeLopes)
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